Milhares de elementos da PSP e guardas da GNR participaram esta quinta-feira na manifestação conjunta por melhores condições salariais e profissionais. A organização calcula cerca de 13 mil participantes, um dos maiores protestos de sempre das forças de segurança.
O protesto teve início às 13:00, no Marquês de Pombal, em Lisboa, e seguiu em marcha para uma concentração em frente à Assembleia da República, onde esperava um forte aparato policial. Apesar disso, o protesto decorreu de forma pacífica e sem incidentes.
As reivindicações
Os profissionais destas forças de segurança exigem o pagamento de subsídio de risco, atualização salarial e dos suplementos remuneratórios, e mais equipamento de proteção pessoal.
A grande maioria dos manifestantes enverga camisolas brancas do Movimento Zero e no todo são gritadas palavras de ordem como "Cabrita, escuta, os polícias estão em luta", sendo visíveis também várias bandeiras de Portugal. O largo em frente ao parlamento ficou lotado.
Partidos políticos solidários com a manifestação dos polícias
Os partidos políticos associaram-se à manifestação. Da Esquerda à Direita, a oposição quis mostrar solidariedade aos agentes, mas só o CDS e o Chega é que desceram até junto dos manifestantes, em frente ao Parlamento. O PS diz que compreende as razões do protesto, mas lembra que há negociações com o Governo.
Movimento Zero fez homenagem ao protesto "secos e molhados"
Já depois de terminada a manifestação, em frente à Assembleia da República, houve alguns manifestantes ligados ao Movimento Zero que se dirigiram para o Terreiro do Paço, para uma homenagem ao protesto dos "secos e molhados".
A manifestação de polícias aconteceu há 30 anos, no Terreiro do Paço, e pôs frente a frente agentes em protesto e agentes em serviço. Acabou com canhões de água a fazer dispersar os manifestantes.

Objetivo "alcançado"
O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, César Nogueira, diz que o objetivo da manifestação desta quinta-feira foi alcançado e que, por isso, não fazia sentido prolongar o protesto.
Ainda assim, as forças de segurança anunciaram que podem voltar a manifestar-se, a 21 de janeiro, caso o Governo não dê resposta às exigências.