O antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting Eduardo Barroso afirmou esta terça-feira em tribunal estar convicto de que Bruno de Carvalho "não foi o mandante da atrocidade", em referência à invasão à academia do clube."
"Não acredito que o Bruno de Carvalho tenha sido o mandante [da invasão] . Se tivesse a noção de que o Bruno de Carvalho pudesse ser o mandante desta atrocidade, não estava aqui", afirmou Eduardo Barroso, durante a 31.ª sessão do julgamento da invasão à academia de Alcochete, ocorrido em 15 de maio de 2018.
Eduardo Barroso, que foi presidente da MAG eleito nas listas de Bruno de Carvalho durante o mandato de Godinho Lopes, considerou que na fase final da sua gestão o ex-presidente do Sporting cometeu muitos erros.
"Alertei [Bruno de Carvalho] para os erros graves que estava a cometer, ele estava a entrar numa espiral de destruição", afirmou o médico.
No tribunal de Monsanto, Eduardo Barroso disse ter criticado a publicação de Bruno de Carvalho na rede social Facebook, em abril de 2018, depois da derrota no estádio do Atlético de Madrid (2-0), para a Liga Europa.
"Critiquei-o muito pelo 'post', achei-o com alguma graça, mas ridículo", disse Eduardo Barroso, considerando que as reações à publicação o fizeram pensar que "se estava a criar mais um ambiente a favor dos jogadores do que dele [Bruno de Carvalho] ".
Eduardo Barroso, que foi arrolado como testemunha pela defesa do antigo presidente 'leonino', aludiu a uma frase que lhe terá sido dita por Bruno de Carvalho:
"Só descansam quando eu estiver preso ou morto".
Veja também:
- Pinto da Costa vai ser ouvido por videoconferência no julgamento do ataque em Alcochete
- "Estive cinco segundos inconsciente": as frases-chave de Bas Dost no julgamento de Alcochete
- Bas Dost precisou de ajuda psicológica após o ataque de Alcochete
- Rafael Leão identifica arguido que agrediu Misic com cinto no ataque de Alcochete
- William Carvalho diz que Bruno de Carvalho "queria ameaçar os jogadores"