O ministro da Administração Interna vai esta terça-feira ao Parlamento para explicar tudo o que sabia e fez depois do caso da morte no aeroporto, a demissão da diretora do SEF e a reestruturação anunciada.
Para Cristina Figueiredo, está na altura de Eduardo Cabrita fazer uma avaliação da situação de forma a perceber que “é melhor mudar o discurso e assumir responsabilidades”, ao contrário do que aconteceu na conferência de imprensa da semana passada.
A editora de política da SIC considera que o episódio que aconteceu no SEF “é por si só hediondo”, e que seria suficiente para motivar quem está à frente do Ministério da Administração Interna a sair, mas afirma que não tendo esse momento sido suficiente, tudo o que veio depois, é um fator indiciador do “descontrole que há naquele Ministério”.
Afirma ainda que António Costa raramente reage por pressão externa e lembra a “relação de cumplicidade” entre o primeiro-ministro e Eduardo Cabrita, defendendo que, apesar disso, esta é uma situação bastante grave e que se tem vindo a arrastar.
“Prescindir de Eduardo Cabrita é preciso que seja por uma situação mesmo muito grave e esta é uma situação bastante grave”, defende.
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