Depois da polémica em torno das informações erradas sobre a experiência profissional que o Governo enviou para Bruxelas ter provocado a primeira demissão - do Diretor-geral da Política de Justiça, o procurador José Guerra mantém-se no cargo para o qual foi "nomeado pelo Conselho da União Europeia", como referiu à SIC na manhã desta terça-feira. Sobre os últimos desenvolvimentos do caso, diz que não tem comentários a fazer.
Mas o Presidente da República registou, no debate presidencial com João Ferreira, o facto do Primeiro-ministro ter segurado a Ministra da Justiça. António Costa recebeu Van Dunem em audiência, na segunda-feira, e no final emitiu um comunicado, com dez pontos, em que considera as informações prestadas a Bruxelas "dois lapsos sem relevância" e reafirma "total confiança" na Ministra da Justiça.
O Diretor-geral de Política de Justiça demitiu-se na segunda-feira, mas fez questão de transmitir, através de um comunicado, que o gabinete da Ministra deu instruções para a elaboração da nota que foi enviada com o currículo do procurador José Guerra e que tinha experiência profissional errada.
Francisca Van Dunem tinha dito, no sábado, numa entrevista à RTP, que não tinha tido conhecimento dessa informação até a SIC e o Expresso a terem divulgado. O comunicado do Primeiro-ministro refere que "se apurou que os lapsos tiveram origem numa nota produzida pela Direção Geral de Política de Justiça e comunicada à Reper e com mero conhecimento para arquivo ao Gabinete da Ministra da Justiça".
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