As autoridades retiraram de casa uma família que vivia em condições sanitárias deploráveis, numa vivenda na Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra.
Mãe, filha e neto, de 4 anos, dividiam o espaço com uma mistura de lixo, excrementos e animais, alguns já mortos.
Os técnicos da empresa especializada em limpeza de locais de risco para a saúde pública nunca viram nada assim.
A limpeza foi solicitada pelo proprietário da casa, que vive no estrangeiro há vários anos e que desconhecia o que se passava.
Depois da intervenção da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens local, o menor ficou institucionalizado, enquanto a mãe e a avó foram internadas no hospital São Bernardo, em Setúbal.
Alertamos para a violência das imagens.
"Estado emocional da criança que viveu naquele ambiente preocupa-me"
O psicólogo Mauro Paulino explica que existe uma lei de proteção de crianças e jovens em perigo que prevê a retirada imediata da criança.
"Creio que não há dúvidas de que estaria num contexto de perigo. (...) O estado emocional da criança de quatro anos que viveu naquele ambiente preocupa-me", disse.
O especialista explica que as autoridades que se deslocaram ao local tinham a obrigação de saber "os mecanismos que a lei oferece" e ativá-los "imediatamente". Defende também que neste caso houve uma lentidão "inexplicável" das autoridades.