A preocupação de muitos dos imigrantes é conseguir ter trabalho, mas estima-se que pelo menos seis mil vivam em condições muito precárias.
A pandemia trouxe à luz do dia uma situação conhecida há vários anos, mas que as autoridades pareciam ignorar e que inclui suspeitas de redes de tráfico humano.
Os imigrantes que foram realojados no empreendimento Zmar são apenas um pequeno grupo entre os milhares que trabalham na agricultura intensiva na região de Odemira e vivem em condições precárias. Suspeita-se que muitos sejam vítimas de redes de tráfico de pessoas.
A Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados foi informada da existência de profissionais que cobram seis mil euros por processos de legalização de imigrantes e deixa um alerta: "Não paguem para já nada, porque a Ordem está focada em resolver a questão legal".
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