Autarcas e empresários do turismo do Algarve temem o caos gerado por uma nova greve dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e o impacto que terá na retoma do setor, iniciada com a chegada de turistas britânicos. Por isso, exigem ao Governo uma requisição civil para travar a paralisação parcial, convocada para os primeiros 15 dias de junho.
O protesto começa, precisamente, quando acelera a chegada dos turistas britânicos ao país, e em especial ao Algarve. Os autarcas e os empresários temem uma repetição do cenário vivido em Lisboa a 7 de maio, data da última paralisação contra a extinção do SEF.
A greve parcial, convocada pelo Sindicado dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras, vai reduzir a cinco os cerca de 40 inspetores que garantem o controlo de passaportes no aeroporto de Faro, todos os dias no período das 09:00 às 12:00. A greve deverá estender-se ao longo de toda a primeira quinzena de junho.
Do Algarve, pede-se uma requisição civil para evitar o desastre económico na região e também no país. Lisboa e ilhas serão também afetadas, mas em horários diferentes. Os agentes de viagens temem um verão arruinado, num setor ainda fragilizado pela pandemia.
Sem diálogo com o Governo, o sindicato admite até estender a greve pelo verão fora.
- Extinção do SEF. Sindicato marca pré-aviso de greve para vários pontos do país
- Algarve quer travar greve dos inspetores do SEF e exige requisição civil
- PSD insiste que reforma do SEF proposta pelo Governo tem de ser discutida e votada no Parlamento
- Covid-19. PSP e SEF passam a verificar testes negativos consoante origem do voo