O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa não garante que o envio de dados pessoais de manifestantes pró-Navalny à Rússia tenha sido um caso isolado e aguarda pelo levantamento de informações sobre outras manifestações em Lisboa.
À autarquia chegou, entretanto, uma carta da Associação de Ucranianos em Portugal que está preocupada com a possível transmissão de dados pessoais noutros protestos. A carta, dirigida ao Presidente da Câmara de Lisboa, pede a garantia de que o método usado para a manifestação de janeiro foi um caso isolado.
O Presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, Pavlo Sandokha, organizou dezenas de manifestações em Lisboa, algumas junto a embaixadas, desde que há seis anos a Crimeia foi anexada pela Rússia. Agora, teme que também nesses casos tenha havido a transmissão dos dados pessoais de manifestantes.
A Associação aguarda uma resposta da autarquia, que está pendente de um levantamento de informações pedido por Fernando Medina.
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