Na segunda sessão do julgamento de Ricardo Salgado foi ouvida uma das principais testemunhas do Ministério Público.
Paulo Silva, o inspetor tributário, coordenador da Operação Marquês, defendeu que foi encontrada uma prova plantada para justificar uma transferência de cerca de 3 milhões de euros entre Ricardo Salgado e Hélder Bataglia.
O inspetor explicou ainda o circuito do dinheiro, que tem quase sempre no centro das operações, o alegado saco azul do GES. Paulo Silva
diz que tinha um registo contabilístico peculiar, diferente das normas internacionais.
Terá sido daqui, segundo o inspetor tributário, que saiu o dinheiro - 4 milhões de euros - para Salgado comprar 2 milhões de ações da EDP, através da Savoices, uma offshore em Singapura.