Depois de António Costa ter defendido que o país não pode "distrair-se com casos e casinhos", quando a prioridade deve ser a recuperação económica, Catarina Martins veio este domingo sublinhar que a nomeação de Vítor Fernandes para liderar o Banco de Fomento é tudo menos um caso menor.
O Bloco de Esquerda diz que é inaceitável que o Governo entregue um mecanismo de recuperação da economia a alguém que está ligado a sucessivos escândalos bancários e que aparece agora envolvido no processo de Luís Filipe Vieira.
Também o Iniciativa Liberal veio este domingo pedir a saída de Vítor Fernandes do Banco de Fomento, defendendo que não tem condições para desempenhar as funções.
"Face aos desenvolvimentos das últimas semanas, a Iniciativa Liberal considera que não existem quaisquer condições para que o 'chairman' escolhido pelo Governo para o recém-criado Banco de Fomento possa desempenhar tais funções."
O Chega também foi um dos partidos que defendeu a "falta de condições" de Vítor Fernandes para liderar o Banco de Fomento, lembrando não só as ligações a Luís Filipe Vieira, mas também a Armando Vara.
"Face às notícias vindas a público nos últimos dias, parece evidente que Vítor Fernandes não tem condições para assegurar qualquer cargo executivo no Banco de Fomento, sobretudo tendo em conta as funções de natureza pública e de interesse público daquela organização."