Neste que é o segundo verão marcado pela pandemia, as férias dos portugueses serão passadas, em grande parte, em casa. As viagens dentro do país foram severamente afetadas no primeiro trimestre deste ano e as férias no estrangeiro sofreram uma quebra ainda mais significativa. Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
A covid-19 teve um grande impacto nas viagens turísticas dos portugueses no primeiro trimestre deste ano. Foram realizadas 1,6 milhões de viagens, ou seja, menos 57,6%.
Esta diminuição traduziu-se numa quebra significa no que respeita a viagens em território nacional, que decresceram 53,3%. No entanto, a quebra foi ainda maior nas viagens para o estrangeiro que diminuíram 89,5%.
A visita a familiares ou amigos justificou cerca de 750 mil deslocações dos portugueses. Só 415 mil foram de lazer, recreio ou férias, o que representa um decréscimo de quase 73%.
Os números tiveram eco na hotelaria: os hotéis concentraram apenas 5,5% das dormidas resultantes das viagens turísticas. A maior parte dos viajantes optou por ficar em casa de familiares ou amigos – com o “alojamento particular gratuito” a registar 89% das dormidas.
Apesar das limitações impostas pela pandemia, Portugal recebeu turistas estrangeiros. Em maio, o Reino Unido esteve no topo da lista com 200 mil britânicos a ficar alojados no país. Na lista de turistas que procuram Portugal como destino seguem-se a Espanha, a Alemanha e a França.
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