O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, diz que se arrepende de ter entrado na política e que está a ser alvo de uma campanha de difamação desde que é arguido no processo EDP.
Numa página de internet criada para promover um livro que vai lançar em breve, o antigo governante nega ter sido corrompido para favorecer a EDP ou o Grupo Espírito Santo.
Manuel Pinho foi interrogado na semana passada e agora publica o texto integral, lido aos procuradores, numa página de internet a que dá o nome "Manuel Pinho Confinado". Diz que é dessa forma que vive por estar a ser investigado há 9 anos e pela campanha difamatória de que foi e continua a ser alvo com origem no caso EDP.
Arguido desde 2017, Manuel Pinho é suspeito de ter recebido 4,5 milhões de euros e um cargo numa universidade norte-americana por decisões que terão favorecido o Grupo Espirito Santo e a EDP.
O antigo ministro usa a página de internet para dizer que é totalmente fantasiosa a ideia de um acordo secreto com Ricardo Salgado, que liderava o Grupo Espírito Santo, ou o recebimento de pagamentos indevidos. Garante que não fez qualquer acordo com António Mexia, antigo presidente da EDP, para o colocar na liderança da elétrica e assume que cometeu um enorme erro: o de ter aceitado exercer um cargo político.
O texto divulgado na internet serve de defesa e de promoção para um livro lançado brevemente.