O vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar afirma que cerca de um milhão de pessoas não têm médico de família. António Luz Pereira considera que as condições oferecidas aos profissionais de saúde no estrangeiro, comparativamente a Portugal, são aliciantes.
“Estamos a uma hora de avião de países que oferecem outro tipo de condições. Os profissionais quando têm que mudar de local de trabalho muitas vezes preferem ir para o estrangeiro pelas condições oferecidas”, afirma.
Na quinta-feira, em entrevista à SIC, a ministra da Saúde reconheceu ser necessário apostar no Serviço Nacional de Saúde, criando melhores condições de trabalho que permitam atrair mais profissionais.
“Temos um padrão de formação dos especialistas que é concentrado na região Norte e que, portanto, leva a que as pessoas tenham tendência a ficar nessa região” afirma, reconhecendo ser necessário apostar nas condições de trabalho, “desafio que vamos continuar a tentar agarrar com ambas as mãos”.
Mais de metade das vagas para médicos de família por preencher em Lisboa
Do último concurso aberto para médicos de família na região de Lisboa e Vale do Tejo, mais de metade das vagas ficou por preencher. Ao contrário da região Norte, que conseguiu ocupar todos os lugares postos a concurso. Das 230 vagas abertas para médicos de família nos centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, apenas 102 foram preenchidas.
Os médicos de família admitem que o custo de vida em Lisboa interfere na fase de escolha.
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