A União Zoófila mostra-se em "choque" e contra a "homenagem indigna" ao cavaleiro tauromáquico João Moura, que foi detido em 2020 por suspeitas de maus-tratos a animais de companhia.
Em causa está o tributo a João Moura, agendado para esta quinta-feira, no Campo Pequeno.
Numa publicação partilhada nas redes sociais, a organização de proteção dos animais condena a homenagem e apela à população que manifeste a sua indignação: "Que se façam ouvir. Por eles."
"Não só em pleno Século XXI ainda se homenageiam autores de barbáries como as que ainda existem na nossa sociedade, como a tortura animal para espetáculo visual dantesco, como neste caso em concreto se homenageia uma pessoa que está com um processo-crime em curso por maus-tratos a animais (poderiam até ser os que morrem na arena, mas ainda não percorremos esse caminho), neste caso a pelo menos 18 cães que se encontravam em condições não menos do que deploráveis, literalmente a morrer à fome.", lê-se na publicação.
A União Zoófila afirma ainda que existem "tantas pessoas que a nossa sociedade pode escolher para homenagear, por promoção da cultura, apoio aos mais fracos, ou por serviços prestados à sociedade."
O cavaleiro tauromáquico João Moura é arguido num processo-crime por suspeitas de maus-tratos a animais de companhia.
O caso deu que falar em fevereiro de 2020, quando o cavaleiro foi detido na sua herda de Monforte, depois de os seus cães terem sido encontrados doentes e em situação de subnutrição. Ao todo, 18 cães foram resgatados, dos quais um acabou por morrer.