País

Subsídio de risco da polícia. “O Governo considera que o risco vale qualquer coisa como 60 euros"

Presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia da PSP afirma que o ministro fez "um exercício de malabarismo" e "confundiu os portugueses"

Loading...

O subsídio de risco é uma reivindicação antiga das autoridades policiais. O Governo anunciou que o valor proposto foi atualizado para 100 euros, no entanto Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia da PSP (ASPP), acusa Eduardo Cabrita de fazer “um exercício de malabarismo” e de confundir os portugueses.

“Aquilo que o Governo fez foi pegar num suplemento que já existe na PSP - que é o suplemento das forças de segurança (…) – que incorpora o termo risco e coloca lá 100 euros, mas tirando 31,04 euros que já lá existem para responder a essas especificidades”, afiram o sindicalista.

“O Governo considera que o risco vale qualquer coisa como 60 euros que, em bom rigor e em termos líquidos – depois de aplicados todos os impostos –, há casos em que os polícias vão receber a partir de 2022 – se continuarmos a falar deste valor – qualquer coisa como 20, 30 ou 40 anos”, prossegue.

Paulo Santos sublinha que a reivindicação das autoridades é para que haja legislação específica para a criação de um subsídio de risco. É esta luta que têm vindo a travar há vários anos e que, segundo o presidente da ASPP, o Governo não cumpriu.

“Nós não temos atualmente um subsídio de risco. E aquilo que era necessário e importante ter sido feito pelo Governo era a criação de legislação específica para criação de um subsídio de risco. Isto era o que estava previsto e que o parlamento obrigou o Governo a fazer e que não foi feito.”

► Veja mais: