O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garante que não teve conhecimento da presença de um suspeito de terrorismo num restaurante, onde almoçou em 2018.
Marcelo Rebelo de Sousa esteve acompanhado nesse dia pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo antigo chefe de Estado Jorge Sampaio.
"Não havia nenhuma contraindicação de segurança. Por outro lado, eu passo a vida na praia, no hipermercado a fazer compras. Como imaginam, é muito difícil eu ter a certeza de que que estão ali ao lado não virão a ser consideradas suspeitas", diz.

Os três visitaram um restaurante, que é também um projeto de integração de refugiados em Portugal.
Marcelo diz que o corpo de segurança presidencial não tinha qualquer informação sobre a presença deste homem que, há três anos, já estava a ser investigado por ligações ao Estado Islâmico.
O restaurante onde o suspeito trabalhava espera que este caso não prejudique a solidariedade com que devem ser recebidos migrantes e refugiados.
Iraquianos suspeitos de terrorismo detidos em Lisboa
O advogado dos iraquianos detidos confirma que se verificaram pressupostos que sustentaram a aplicação da prisão preventiva. Varela de Matos coloca a hipótese de os arguidos seguirem para recurso.
Os dois iraquianos suspeitos de pertencerem ao Estado Islâmico, detidos em Lisboa, ficaram em prisão preventiva. Os irmãos residiam em Portugal há quatro anos e estavam a ser procurados pelas autoridades iraquianas.
Os dois homens terão entrado em Portugal em 2017, infiltrados num grupo de refugiados que veio da Grécia.
Com idades entre os 32 e 34 anos, ambos residiam em Lisboa, onde trabalhavam no setor da restauração e num call center.
Eram investigados há 4 anos pela Unidade Nacional Contraterrorismo da Polícia Judiciária e preparavam-se para sair do país.
Durante as buscas terão sido recolhidas provas da participação em milícias e atos terroristas na zona de Mossul no Iraque, um dos antigos bastiões do Daesh, o grupo radical islâmico com quem ainda manteriam ligações.
