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Futuro de Gouveia e Melo nas mãos do Presidente da República

Atual Chefe do Estado-Maior da Armada foi exonerado. Cargo terminava em fevereiro de 2023, altura em que Gouveia e Melo já teria passado à reserva.

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Gouveia e Melo deverá ser o próximo Chefe do Estado-Maior da Armada. Mas estão a provocar polémica as manobras do Governo para retirar do cargo o atual Chefe do Estado-Maior, o almirante Mendes Calado. A decisão final nas mãos do Presidente da República.

Na cerimónia em que estiveram juntos, estavam previstas declarações, mas o primeiro-ministro e o ministro da Defesa saíram sem falar com os jornalistas, numa altura em que a proposta do nome do vice-almirante Gouveia e Melo para Chefe do Estado-Maior da Armada está a causar polémica e desconforto junto dos militares.

A proposta do Governo foi conhecida no mesmo dia e poucas horas depois de Gouveia e Melo assinalar o fim da missão como coordenador da task force.

A estranheza recai também na forma como o almirante António Mendes Calado foi de imediato informado sobre a exoneração de um cargo que ocupa desde 2018 e que terminaria em fevereiro de 2023, quando Gouveia e Melo já teria passado à reserva por limite de idade no posto de vice-almirante.

A decisão quanto ao futuro de Gouveia e Melo está agora nas mãos de Marcelo Rebelo de Sousa, a quem compete nomear e exonerar os chefes militares mediante proposta do Governo.

Em entrevista à SIC, no início de setembro, o vice-almirante não fechava portas.

Gouveia e Melo terminou oito meses à frente do processo de vacinação, com 84% da população totalmente vacinada. Henrique Gouveia e Melo assumiu o comando da task force a 3 de fevereiro, após a demissão do anterior coordenador Francisco Ramos. Estava na altura no Estado-Maior general das Forças Armadas como adjunto para o planeamento e coordenação.