O vice-almirante Gouveia e Melo vai ser proposto pelo Governo ao Presidente da República para substituir o atual Chefe do Estado-Maior da Armada, António Mendes Calado, que vai ser exonerado.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa diz que o vice-almirante Gouveia e Melo "tem todas as condições para chefiar" a Armada. No entanto, sublinha que a exoneração do atual Chefe do Estado-Maior levanta dúvidas.
"Não se entende ainda as razões porque não foi reconduzido o anterior e portanto se encontrou esta solução."
Interpelado pelos jornalistas à margem de uma declaração sobre as conclusões da mais recente reunião do Comité Central do PCP, que decorreu na terça-feira, o secretário-geral disse que o partido não tem "nada a opor" à nomeação do vice-almirante, que ficou popularmente conhecido como o coordenador da 'task force' de vacinação contra a covid-19, reforçando que tem as "condições para desempenhar essa alta responsabilidade", mas era preciso saber a razão que levou "à exoneração do anterior chefe da Marinha".
Henrique Gouveia e Melo assumiu o comando da task force no dia 3 de fevereiro, na sequência da demissão do anterior coordenador Francisco Ramos, que esteve pouco mais de dois meses à frente da equipa. Esta terça-feira despediu-se do cargo, depois de ter dado a missão como "terminada".
O vice-almirante Gouveia e Melo vai ser proposto pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, ao Presidente da República para substituir o almirante António Mendes Calado na chefia da Armada.
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