Marcelo Rebelo de Sousa chegou na sexta-feira a São Tomé e Príncipe para a cerimónia de tomada de posse do novo presidente Carlos Vila Nova. Aos jornalistas reiterou que estão esclarecidos os equívocos sobre a polémica em torno da chefia do Estado-Maior da Armada.
Questionado sobre as condições políticas para o Almirante António Mendes Calado se manter no cargo, o Presidente da República disse não ter mais nada a acrescentar.
Na Marinha são várias as vozes que consideram que o ramo sai prejudicado com a polémica e com a difícil relação do atual comandante com a tutela. A situação de rutura tem levado à estagnação de novos projetos dentro da Armada e a renovação do comando já era esperada.
Ainda assim o Conselho do Almirantado, o orgão máximo da Marinha, que reúne as mais altas patentes, num sinal de união votou contra a exoneração. Seis votos a favor da continuidade, nomeadamente o de Mendes Calado, que presidiu à reunião e votou em causa própria, e uma ausência, o vice-almirante Gouveia e Melo que entendeu ficar fora da votação.
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