Oito médicos da Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto apresentaram esta terça-feira a demissão em bloco de saúde. Os médicos psiquiatras afirmam que o serviço apresenta limitações e problemas desde o início e que impedem o normal funcionamento.
Na carta de demissão apresentada pelos oito médicos psiquiatras, avisam que a Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto apresenta problemas e limitações sistematicamente levantados pelos profissionais de saúde.
A carta foi dirigida à Administração Regional de Saúde do Norte, falam em descontentamento e desgaste provocados por 15 anos de falhas, que continuam sem solução.
Entre muitas queixas está a ausência de critérios de referenciação. Este problema foi agravado com a pandemia, que se veio acentuar no funcionamento da Urgência.
Os profissionais de saúde demissionários lamentam a ausência de respostas para resolver estes problemas que colocam em risco a segurança clínica, a qualidade do serviço e a dignidade de utentes e profissionais.
Os médicos psiquiatras retraram a dificuldade em comunicar com a ARS-Norte e dão como exemplo o pedido de reunião feito dia 9 de julho, ao qual não obtiveram resposta.
Perante as demissões, a autoridade de saúde agendou para a próxima semana uma reunião com a coordenação do serviço para encontrar soluções para os problemas indicados.
A Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto funciona desde 2006 nas instalações do Hospital São João com equipas de oito hospitais.