A coleção de arte arrestada a João Rendeiro já começou a ser retirada da casa do antigo banqueiro pela Polícia Judiciária, tendo sido o transporte das peças ordenado pelo tribunal, que aguarda, até amanhã, pela entrega das obras que estão desaparecidas.
Já começou a chegar ao edifício da Polícia Judiciária a coleção de arte arrestada a João Rendeiro.
Das 124 obras, três apresentavam características que indiciam tratar-se de falsificação, e 15 não foram encontradas na residência da mulher de João Rendeiro, a depositária das peças.
No despacho a que a SIC teve acesso, o tribunal diz que é alheio ao facto de parecer, à mulher de Rendeiro, absolutamente normal que alguns objetos tenham mudado de local.
Cerca de metade das peças desaparecidas já foram, contudo, encontradas, e Maria de Jesus Rendeiro tem até esta quarta-feira para descobrir as restantes e entregá-las à Judiciária, devendo explicar os motivos que levaram à mudança de local das obras.
Caso não sejam encontradas, ou se as autoridades confirmarem que algumas foram falsificadas, a mulher do antigo banqueiro pode ser punida por um crime de descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público.
Os 124 quadros e esculturas apreendidos em 2010 passaram para as mãos do Estado para garantir indemnizações aos lesados do Banco Privado Português.