As urgências do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, estão mais calmas e já voltaram a receber ambulâncias. Os tempos de espera continuam altos e ultrapassam as 7 horas no caso de doentes urgentes.
As ambulâncias via 112 voltaram a entrar no Beatriz Ângelo, em Loures. Durante mais de 24 horas, o INEM teve de encaminhar os doentes para outros hospitais da região por falta de espaço.
A população de Loures, Mafra, Odivelas ou Sobral de Monte Agraço que acionou o 112 segunda e terça-feira foi levada para outras unidades, como o Santa Maria.
Na sequência desta situação, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, insistiu na necessidade de rever os fluxos de triagem dos doentes transportados pelo INEM para as urgências dos hospitais, lembrando que "muitos dos doentes que o INEM transporta não são efetivamente urgentes".
O Hospital Central de Lisboa confirma que tem recebido doentes de várias zonas da região, mas garante que a situação está controlada.
Mais de 70% dos doentes que têm chegado ao hospital são considerados urgentes ou muito urgentes. Tratam-se sobretudo de doentes crónicos que, de acordo com a Ordem dos Médicos, não foram devidamente acompanhados na fase mais crítica da pandemia.
A SIC contactou outros hospitais da região de Lisboa, que asseguraram que a afluência às urgências está dentro dos valores normais e dizem que é recorrente pedirem ao INEM para suspenderem o envio de ambulâncias.