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Greve na Efacec: “Governo deixou a raposa dentro do galinheiro”

A Efacec pertencia à empresária angolana Isabel dos Santos, que saiu na sequência do envolvimento no caso Luanda Leaks.

Os trabalhadores da Efacec cumprem uma greve de duas horas para exigir ao Governo a compra de matérias-primas, contestar a reprivatização e reclamar a demissão da administração da empresa, na portaria principal do polo da Arroteia, em São Mamede de Infesta, sede da empresa.
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Os trabalhadores da Efacec, no concelho de Matosinhos, fizeram esta quarta-feira uma greve de duas horas, exigindo a demissão da administração e que o Estado assuma o controlo da empresa que está em processo de reprivatização.

A Efacec pertencia à empresária angolana Isabel dos Santos, que saiu na sequência do envolvimento no caso Luanda Leaks. Para resolver o impasse acionista e evitar o colapso, a empresa foi nacionalizada em julho de 2020.

“Há um dos acionistas que hoje é perseguido pela polícia e que levou a empresa ao buraco, o Estado quando nacionalizou permitiu que ficasse a administração da empresa a gerir na mesma. O Governo deixou a raposa dentro do galinheiro”, afirma Sérgio Sales, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadores, Energia e Atividades do Ambiente do Norte.

A empresa está agora em modo de reprivatização. Um processo que o Governo espera ver concluído antes do final do ano e que os trabalhadores contestam.

O sindicato diz que em alguns setores a empresa está praticamente parada, devido à falta de matérias primas, que não são entregues pelos fornecedores.

Em comunicado enviado à SIC, a administração da Efacec atribui à pandemia a culpa pela disrupção nas cadeias de distribuição, mas garante que mantém a produção ao ritmo das encomendas. Acrescenta que empresa continua a ser viável economicamente e que não corre o risco de faltar às suas obrigações com os colaboradores.

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