Em fuga há dois meses e em parte incerta, João Rendeiro decidiu falar pela primeira vez para ilibar a mulher.
Em declarações ao site Sapo24, garante que é o único responsável pelo que aconteceu aos quadros vendidos, falsificados e desaparecidos.
O ex-presidente do BPP esclarece, ainda, que a mulher foi envolvida no caso das obras de arte devido a um erro do advogado, que devia ter passado a guarda dos bens para o seu nome.
De recordar que oito quadros que estavam à guarda de Maria de Jesus Rendeiro foram vendidos por mais de um milhão de euros, estando ainda outros cinco desaparecidos.
A mulher de Rendeiro encontra-se em prisão domiciliária.
Justiça desvaloriza informação sobre paradeiro de Rendeiro
A mulher de João Rendeiro admitiu em tribunal que o marido está na África do Sul.
A informação foi avançada pela RTP e confirmada pela SIC.
Fontes judiciais contactadas pela SIC desvalorizam, no entanto, a revelação, por não terem sido dados elementos concretos do paradeiro do antigo presidente do BPP.
Caso BPP
O antigo presidente do Banco Privado Português, João Rendeiro, condenado no final de setembro a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por burla qualificada, está em parte incerta após ter fugido à justiça.
O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.
O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como processos relacionados com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.