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Rangel acredita em maioria do PSD nas legislativas, mas só com uma liderança forte

Uma crítica implícitia a Rui Rio, que voltou a defender entendimentos com PS.

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Paulo Rangel disse este domingo em Faro que o PSD pode ter maioria nas próximas eleições, mas só ganhará se tiver com uma liderança forte. Uma crítica implícita a Rui Rio, que no sábado voltou a defender entendimentos com o PS enquanto Paulo Rangel afirmava que essa conversa não interessa aos portugueses.

"O voto no PS é um voto inútil, António Costa andou a vender-nos a gerigonça e o voto à esquerda no PS com a extrema esquerda, durante seis anos, a dizer que era o voto que iria finalmente modernizar Portugal", declarou.

"Se nós formos capazes de passar esta mensagem, eu tenho a certeza que com o descontentamento, com o desalento, com a desconfiança que o governo socialista de António Costa significaram nestes seis anos, nós poderemos causar uma grande surpresa e não apenas vencer as eleições de 30 de janeiro de 2022, mas vencê-las com uma maioria que nos dê um governo para quatro anos", sublinhou.

Dando como um dos exemplos a Lituânia, a República Checa ou a Irlanda, Rangel lamentou que, atualmente, Portugal seja "quase o carro vassoura" da Europa, tendo sido ultrapassado em termos de crescimento por países que há 20 anos eram "três vezes mais pobres" do que Portugal, o que atribui às políticas e falta de visão do PS.

"Foram os socialistas com as suas políticas, que são políticas apenas para aguentar o poder. Faz um negócio agora com os comunistas, faz um negócio agora com o Bloco de Esquerda, depois faz um negócio com o PAN, depois faz um negócio aqui, faz um negócio ali, para ter mais um voto, menos um voto no parlamento, mas não há um rumo, uma visão, não há um projeto para o país", considerou.

Para o candidato à liderança do PSD, em 2015, depois "das contas em ordem", o PS "teve nas mãos a oportunidade de finalmente pôr o país a crescer, reduzir a dívida, dar um salto" na economia, melhorando a vida dos portugueses, no entanto, tal não aconteceu, o que levou a que o país ficasse "paralisado".

"Nós tivemos uma espécie de operação de vacinação que teve muito sucesso. Aquilo que fez António Costa e o seu partido não foi dar-nos uma vacina durante nove meses, foi dar-nos uma anestesia durante seis anos e portanto o país ficou paralisado e anestesiado", concluiu, perante uma sala cheia de militantes.

As eleições internas para a liderança do PSD estão marcadas para 27 de novembro.

O Presidente da República convocou eleições legislativas antecipadas para 30 janeiro de 2022 na sequência do "chumbo" do Orçamento do Estado do próximo ano, no parlamento, em 27 de outubro.

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