O Presidente da República pede um acordo entre a administração do Hospital de Santa Maria e os dez chefes das equipas de urgência cirúrgica que, esta segunda-feira, se demitiram, ao mesmo tempo que a Ordem dos Médicos não compreende como a administração do hospital e o ministério da Saúde não travaram as demissões.
A situação é preocupante, principalmente por se tratar de um hospital de fim de linha, diz a Ordem dos Médicos.
Para a ordem, trata-se de um caso grave, uma vez que o Santa Maria é dos hospitais mais utilizados em períodos críticos, quando outros da região de Lisboa estão sem capacidade de resposta.
O centro hospitalar garante, no entanto, que está a fazer de tudo para que o serviço não seja afetado e mantém-se disponível para dialogar.
O Presidente da República diz que se deve evitar uma crise e pede um acordo.
Há duas semanas que a demissão dos dez chefes de equipa da Urgência Cirúrgica estava em cima da mesa.
Queixam-se da degradação do serviço de saúde, do número de horas extraordinárias e da falta de profissionais para completar as escalas.
Dos dez médicos que estão de saída, nove já têm mais de 55 anos e podem também pedir dispensa do trabalho nas urgências.
À SIC, o Ministério da Saúde diz que está a aguardar pelo desenrolar do caso.
Por enquanto, não tem novas informações por parte da administração do hospital.