O antigo ministro da Economia Manuel Pinho ficou hoje detido após comparecer no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) para interrogatório no âmbito do caso EDP.
O antigo governante está indiciado por crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Há também um mandado de detenção para a mulher.
O casal vai ser hoje ouvido pelo juiz Carlos Alexandre.
DEFESA DE MANUEL PINHO FALA EM "SITUAÇÃO DE UM GRAVE ABUSO DE PODER"
Ricardo Sá Fernandes diz que lamenta toda a decisão e fala numa "situação de um grave abuso de poder".
"Acho que a justiça não pode funcionar assim. Isto é uma situação de um grave abuso de poder. O Ministério Público não pode escolher os juízes que acha que servem melhor os seus propósitos. Mantenho toda a tranquilidade, já tenho muitos anos disto, já vi muita coisa na vida forense em Portugal, já vi coisas que achava que nunca iria ver e, sinceramente, esta era uma que eu achava que não ia ver", afirmou.
Ricardo Sá Fernandes referiu que este processo "está em investigação há 10 anos" e que Manuel Pinho "compareceu sempre" para prestar esclarecimentos e "nunca fugiu às suas responsabilidades", sublinhando ainda que a detenção hoje ordenada pelo juiz de instrução criminal Carlos Alexandre representa "uma errada noção do que é o exercício de justiça".
Peça da jornalista Elsa Gonçalves.