O Ministério Público reconhece que tem um número limitado de tradutores para enviar para a África do Sul toda a documentação para a extradição de João Rendeiro.
A Procuradoria-Geral da República garante que, ainda assim, vai cumprir os prazos, ainda que o Sindicato dos Magistrados coloque algumas dúvidas.
O Ministério Público só tem dois tradutores e 40 dias para fazer chegar à África do Sul o pedido formal de extradição. É o limite para manter João Rendeiro detido, como está escrito na Convenção Europeia de Extradição, assinada pela África do Sul em 2003.
A Procuradoria-Geral da República admite que o número de tradutores é limitado, mas que não vai falhar. Só no caso do processo em que João Rendeiro foi condenado a 10 anos de prisão, a decisão do tribunal de primeira instância tem 422 páginas.
Os dois únicos tradutores na PGR não vão poder pegar em mais nenhum caso. O que significa, lembra o sindicato dos magistrados do Ministério Público, que o volume de trabalho é tanto que há outros processos que vão ter de parar.
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