Sobre o plano de reestruturação da TAP, António Costa, primeiro-ministro, diz que espera "serenamente" por uma decisão de Bruxelas.
"Sei que temos um dossier sólido. Sabemos que o diálogo com a Comissão Europeia foi bastante intenso", diz.
Reestruturação da TAP
Em 2020, a TAP voltou ao controlo do Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia de covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à transportadora aérea de bandeira portuguesa.
Em 12 de março, o Governo apresentou à Comissão Europeia uma notificação para a concessão de um auxílio intercalar à TAP de até 463 milhões de euros que "permitirá à companhia aérea garantir liquidez até à aprovação do plano de reestruturação".
No âmbito do apoio estatal para fazer face às consequências da pandemia, está a ser implementado um plano de reestruturação, que já levou à redução do número de trabalhadores, que ainda aguarda a 'luz verde' da Comissão Europeia.
De acordo com o relatório que acompanhava a proposta de Orçamento do Estado para 2022, o Governo previa injetar 1.988 milhões de euros na TAP este ano e em 2022.
Além disso, segundo a proposta, "é previsto no Plano de Reestruturação apresentado à Comissão Europeia, no seu cenário central, que 2022 seja o último ano em que o Estado português injeta dinheiro na TAP, no valor de 990 milhões de euros".
O Governo acredita que "a TAP ficará, assim, devidamente capitalizada para poder prosseguir a sua atividade, contribuindo fortemente para a economia portuguesa".