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Falta de restrições para a passagem de Ano, preocupa médico do São João

O diretor de Medicina Intensiva do Hospital de São João está apreensivo com o impacto da nova variante.

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O diretor de Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, está preocupado com a festa de passagem de ano e considera que as autoridades decisoras devem ponderar a aplicação de medidas.

Em declarações à SIC Notícias, Nélson Pereira fez uma distinção entre as duas quadras festivas que se aproximam: Natal e Ano Novo.

"Não penso que haja mais medidas que se justifiquem" para o Natal por, justificou o diretor de Medicina Intensiva do Hospital de São João, "o Natal é uma festa das famílias e faz-se em casa".

"Temos que ter uma postura muito forte de comunicação relativamente aos cuidados que as pessoas devem ter na sua casa, relativamente à utilização da máscara, ao distanciamento, e à testagem. Mas a festa que vem a seguir [a do Ano Novo], não se faz em casa", afirmou.

A celebração da entrada no novo ano, lembrou, "faz-se nas discotecas, nos bares, nos restaurantes". Por isso, defendeu, "deve ser repensada por quem tem mais dados para decisão - as autoridades de saúde e políticas. Essa [festa], sim, preocupa-me significativamente".

Até porque, sublinhou Nélson Pereira, um doente infetado pela nova variante Ómicron "pode infetar seis vezes mais doentes" do que uma pessoa infetada pela Delta.

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