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Palácio de São Bento recebeu festejos dos 200 anos de independência do Brasil

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O primeiro-ministro marcou presença nas celebrações.

Três dias depois de se assinalarem os 200 anos de independência do Brasil, a data foi comemorada em Lisboa. O primeiro-ministro participou na festa nos jardins do Palácio de São Bento.

António Costa agradeceu a forma como os brasileiros enriqueceram a língua portuguesa e a tornaram mais fácil de aprender.

Numa festa de celebração do bicentenário da independência do Brasil, que decorre esta tarde no Palácio de São Bento, António Costa dirigiu-se à comunidade brasileira residente em Portugal que participava no evento nos jardins do palacete, afirmando que entre as “muitas formas” de festejar os 200 anos de independência, com “atos solenes e oficiais e atos simbólicos”, a celebração com esta comunidade era a “forma que não podia faltar”.

António Costa, que assistiu a um dos concertos agendados para esta tarde ao lado do embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro Silva, e da presidente da Casa do Brasil, Ana Paula Costa, considerou que “muito mais vezes que o coração de D. Pedro, têm viajado os corações de todos nós”.

O chefe do Governo aludia à viagem para o Brasil do coração de D. Pedro (IV para Portugal, I para os brasileiros).

O primeiro-ministro sublinhou a relação de “exílio e refúgio” que muitas vezes Portugal e Brasil mantiveram, sobretudo durante as respetivas ditaduras, as quais, tendo terminado abriram caminho para outras viagens com outra bagagem.

“Depois que as ditaduras acabaram, de um lado e outro, felizmente, têm transportado malas de sonhos para um lado e para o outro. Nem todos os sonhos se concretizam sempre. Muitas vezes são tristes, são frustrantes, são difíceis. É verdade. O racismo, a xenofobia, também se diz na nossa língua, que é a língua portuguesa. Diz-se cá, como muitas vezes os portugueses também se queixaram de ser objeto de anedotas, como os padeiros e os ‘Manéis’ no Brasil. É assim, nem sempre é fácil viver numa terra onde não se nasceu e onde não se cresceu”, disse.

Depois de uma recusa inicial ao convite da professora do evento para se juntar à aula, António Costa acabou por se aproximar da aula e, após ensaiar uns primeiros passos orientado pela professora, acabou por subir ao estrado com a sua mulher, Fernanda Tadeu, para “um pezinho de dança”.

“Foi divertido”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas sobre o momento, antes de abandonar o evento.