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TAP assegura que não há indicação de que tenham sido divulgados dados de pagamento dos clientes

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Os hackers partilharam informações pessoais de 1,5 milhões de clientes da TAP e dizem que continuam a ter acesso aos sistemas informáticos da companhia aérea.

A TAP já reagiu à notícia sobre a publicação dos dados pessoais de mais de um milhão de clientes pelo grupo de hackers Ragnar Locker. A companhia aérea afirma que as operações estão a decorrer com normalidade e que os dados de pagamento não foram divulgados. Os hackers dizem ter ainda acesso ao sistema informático da companhia aérea.

Numa mensagem publicada na dark web, o grupo Ragnar Locker afirma ter acesso aos sistemas informáticos da TAP. A transportadora diz estar a trabalhar com a Polícia Judiciária, com o Centro Nacional de Cibersegurança e com a Microsoft com o objetivo de combater falhas que levaram à fuga de informação.

Em comunicado, a transportadora aérea portuguesa garante: "A intrusão foi contida numa fase inicial, antes de provocar danos nos processos operacionais. As operações da TAP estão a decorrer com normalidade".

A TAP assegura ainda que "até ao momento, não há indicação de que informações sensíveis, em particular dados de pagamento, tenham sido exfiltradas".

O grupo de hackers Ragnar Locker cumpriu as ameaças feitas no final de agosto e divulgou, esta segunda-feira, dados pessoais de um milhão e meio de clientes da TAP.

O documento partilhado na dark web tem um total de 581 gigas de informação que incluem dados de clientes, como nomes, moradas e números de telemóvel, e também documentos de identificação dos trabalhadores e acordos confidenciais com outras empresas.

Os piratas informáticos exigiram um pagamento à companhia áerea portuguesa, em troca da não divulgação dos dados dos clientes mas, até ao momento, não há indicadação de que a TAP tenha cedido à chantagem, o que pode justificar a ação dos hackers.

A publicação desta segunda-feira surge pouco mais de uma semana depois do mesmo grupo ter partilhado dados de 115 mil clientes da companhia, os hackers queriam provar que conseguiam aproveitar-se de vulnerabilidades da rede informática da TAP.