O PS e o IL envolveram-se num confronto durante uma audição sobre o estado do ordenamento do território. A deputada Isabel Guerreiro pediu que a intervenção dos liberais fosse apagada e retirada da ata. A editora de política da SIC, Cristina Figueiredo, considera que "não é um comportamento que se espera numa casa da democracia".
O confronto começou com a informação de que as duas empresas do marido da ministra da Coesão Territorial receberam fundos comunitários.
O IL aponta para o que classifica de "conflito moral evidente" e defende que até ao final do dia de hoje, a ministra tem duas opções: ou se demite ou o marido devolve os fundos que recebeu.
Perante estas “provocações”, a deputada Isabel Guerreiro pediu que a intervenção dos liberais fosse apagada.
De acordo com a editora de política da SIC, tratou-se de “um excesso de zelo pela deputada Isabel Guerreiro, que não foi informada que não é possível apagar o que quer que seja das atas”.
Mesmo que se tratasse de uma “bizarrice, esse não é o comportamento que se espera numa casa da Democracia”, afirma a editora de política da SIC.
Cristina Figueiredo lembra que em democracia, todos têm o direito de fazer perguntas e quem é questionado tem o direito de responder ou não..
No final da audição parlamentar, o “lapsus linguae” da deputada Isabel Guerreiro valeu um pedido de desculpa do próprio partido que representa, aos liberais, o que “nem sempre se vê”, acrescenta Cristina Figueiredo.
Esta quarta-feira foi rejeitado mais um requerimento para a audição do ministro da Saúde e é a 13.ª vez que tal acontece desde a legislatura.
“Quando estão em causa temas que dizem muito às pessoas (...) faria sentido ouvir os responsáveis governamentais”, refere a editora de política da SIC.
Relativamente ao debate de urgência sobre o aeroporto de Lisboa, o Chega conseguiu forçar a ida ao ministro à Assembleia ao convocar o debate, perante a inviabilização do PS.