A insólita situação vivida por Duarte Lima já tinha acontecido com o ex-presidente do Benfica. Em 2004, João Vale e Azevedo, que cumpria prisão preventiva, saiu em liberdade, mas foi logo detido para interrogatório.
A porta do estabelecimento prisional da Polícia Judiciária abriu-se a 19 de fevereiro de 2004 para uma liberdade que durou apenas 14 segundos.
Vale e Azevedo estava preso preventivamente no âmbito do processo Euroárea, mas o Tribunal da Relação deu provimento ao requerimento apresentado pela defesa e ordenou a libertação, devido a uma irregularidade formal na reavaliação da prisão preventiva.
Assim que pôs o pé fora da cadeia, Vale e Azevedo tinha dois agentes da judiciária à espera, com uma notificação do juiz Ricardo Cardoso, presidente do coletivo que julgava o processo Euroárea para que fosse detido e conduzido para interrogatório ao tribunal da Boa-Hora.
Os dois agentes da judiciária tentaram ainda dentro da cadeia deter Vale e Azevedo, só que a diretora do Estabelecimento prisional fez questão que se cumprisse primeiro o mandado de libertação. Um homem livre que passou a detido para interrogatório em apenas 14 segundos.