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Empresa envolvida em casos de corrupção instala-se no Porto

A multinacional SBM Offshore foi condenada nos EUA, Brasil e Suíça.

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A empresa holandesa, SBM Offshore, está envolvida em vários casos de corrupção e instalou-se agora no Porto, onde vive um antigo administrador que foi condenado por subornos a empresários da Sonangol. A inauguração contou com a presença do vereador das Finanças e Economia do Porto.

Ricardo Valente, o vereador das Finanças, Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara do Porto abriu, em nome da autarquia, as portas da cidade à SBM Offshore.

A especialista na construção de plataformas petrolíferas, a multinacional holandesa, tem escritórios em plena Avenida da Boavista. Apesar de, na última década, ter estado envolvida numa série de processos judiciais por corrupção.

Em 2017, chegou a acordo nos EUA ao pagar 238 milhões de dólares para pôr fim a um enorme processo de subornos.

No ano seguinte, teve de entregar no Brasil, o equivalente a 261 milhões de euros por corrupção à Petrobras, num caso ligado à Lavajato.

No ano passado, o Tribunal Federal da Suíça exigiu à empresa 7 milhões de francos suíços (mais de 7 milhões de euros) por ter corrompido altos quadros da petrolífera angolana Sonangol.

O líder da multinacional chegou a admitir subornos e foi condenado a dois anos de prisão com pena suspensa.

A autarquia diz à SIC que o vereador esteve presente em nome da Câmara à inauguração das instituições, por ter havido um convite institucional. Garante que não acompanhou o projeto e que soube apenas da chegadada empresa através de um convite e que eventuais crimes de corrupção estão a ser investigados.

A representante em Portugal da multinacional holandesa começou por estar disponível para uma entrevista à SIC, mas recuou, remetendo explicações para a empresa-mãe.

À SIC, a SBM diz que a equipa portuguesa não está disponível para falar.

A reportagem é da autoria dos jornalistas, Diogo Torres e Pedro Freitas.

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