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Polémica entre Carlos Costa e primeiro-ministro: Marques Mendes diz que faltam explicações políticas

Polémica entre Carlos Costa e primeiro-ministro: Marques Mendes diz que faltam explicações políticas
MIGUEL A. LOPES

Primeiro-ministro diz que vai processar Carlos Costa, depois de o antecessor de Mário Centeno ter relatado que foi pressionado pelo chefe do Governo para não retirar Isabel dos Santos do BIC.

O antigo presidente do PSD Marques Mendes defendeu, esta terça-feira, que o Ministério Público deveria abrir um processo de investigação criminal à forma como foi vendido o Banif e pediu explicações públicas ao primeiro-ministro sobre o caso Isabel dos Santos, na apresentação do livro que faz a denúncia, "O Governador".

Luís Marques Mendes considerou que faltam "explicações políticas" sobre a alegada pressão de António Costa ao ex-governador do Banco de Portugal para não afastar Isabel dos Santos do BIC.

"O primeiro-ministro considerou inoportuna ou inconveniente a saída de Isabel dos Santos do BIC, sim ou não? Fez algum contacto com o governador, sim ou não?", afirmou, considerando que mais importante que "conhecer a frase" é saber "se houve ou não intervenção junto do Banco de Portugal".

Para Marques Mendes, uma eventual intromissão do poder político numa questão desta natureza "é tão grave e tão ilegítima quanto a intrusão do poder político numa investigação judicial".

O primeiro-ministro, António Costa, já afirmou que irá processar o ex-governador do Banco de Portugal por ofensa à sua honra, depois de, no livro, o antecessor de Mário Centeno ter relatado que foi pressionado pelo chefe do Governo para não retirar Isabel dos Santos do BIC.

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Resolução do Banif

Luís Marques Mendes diz que resolução do Banif, em 2015, merece que o Ministério Público abra uma investigação.

O ex-presidente do PSD diz que o caso foi promiscuo e de favorecimento ilícito.

Para Marques Mendes, a revelação mais grave do livro, prende-se com a resolução do Banif no final de 2015.

"Espero bem que o Ministério Público possa ler os capítulos do livro que têm a ver com o Banif, e se ler não pode deixar de abrir uma investigação criminal. É um caso típico de abuso de poder e favorecimento de uma sociedade. Por muito menos, já vi o Ministério Público abrir inquéritos e constituir arguidos", afirmou.

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