Francisco Louçã desmente as afirmações de Carlos Costa no livro que está a gerar polémica com o primeiro-ministro. O antigo coordenador do Bloco de Esquerda nega ter feito parte de um grupo de trabalho criado pelo Ministério das Finanças sobre a problemática das finanças públicas.
Na rede social Fracebook, Louçã diz que é mentira a referência que é lhe é feita no livro "O Governador", de Carlos Costa, e promete analisar a obra com maior detalhe.
Na mesma publicação, confirma apenas ter participado "num grupo criado pelo acordo entre o PS e o Bloco que incluiu vários economistas e membros do governo" do qual foi apresentado "um relatório no parlamento sobre cenários da dívida pública".
O livro que está a dar polémica
"O Governador" é o um testemunho de Carlos Costa, líder do Banco de Portugal entre 2010 e 2020, sobre os pontos mais marcantes dos seus dois mandatos.
Com prefácio de Christine Lagarde, a presidente do Banco Central Europeu, e baseado em mais de 30 horas de conversa com Carlos Costa, Luís Rosa, jornalista do Observador revela factos até agora desconhecidos sobre a intervenção da 'troika', o caso Banco Espírito Santo e a resolução do BANIF, entre outros temas.
O livro dá ainda a conhecer as relações tensas com o antigo primeiro-ministro José Sócrates, com o atual, António Costa, e antigo ministro das Finanças Mário Centeno bem como as guerras com o ex-banqueiro Ricardo Salgado e a família Espírito Santo. O livro, editado pela Dom Quixote, será apresentado hoje, às 17:30, na Fundação Calouste Gulbenkian.