António Mexia e João Manso Neto estão a ponderar exigir uma indemnização ao Estado por terem sido afastados da EDP pelo juiz Carlos Alexandre. A ação só ainda não avançou porque o Tribunal da Relação está há dois anos para decidir se as medidas de coação foram ou não legais.
Era arguido há 3 anos quando foi chamado para interrogatório pelo juiz Carlos Alexandre.
António Mexia, à época presidente executivo da EDP, invocou a coerência para justificar o silêncio.
O silêncio não os prejudicou, mas também não os terá favorecido.
Por ordem do juiz, ficaram suspensos de funções, proibidos de entrar no edifício da EDP, de contactar com funcionários. Obrigados a entregar o passaporte e uma caução de 1 milhão de euros.
A defesa recorreu para a Relação de Lisboa, mas o recurso ficou adormecido durante meses.
Quando as medidas de coação caíram pelo prazo máximo legal, a juíza desembargadora veio dizer que já não valia a pena decidir a questão por não ter efeito prático.
Mexia e Manso Neto avançaram para o Tribunal Constitucional que, em abril, lhes deu razão.
A defesa de António Mexia e de João Manso Neto aguarda há sete meses.
Suspeitos de corrupção e de participação económica em negócio, António Mexia e João Manso Neto continuam à espera de acusação. Abandonaram a EDP há um ano.