Voltou a ser adiado o julgamento de Duarte Lima pela morte de Rosalina Ribeiro, mas o tribunal vai ouvir o comissário brasileiro que investigou o crime. O comissário é o principal alvo da contestação de Duarte Lima, que diz ser vítima de uma "invenção" das autoridades brasileiras.
Aurílio Nascimento, comissário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, investigou há 12 anos a morte de Rosalina Ribeiro, no Brasil. É agora a primeira testemunha a ser ouvida pelo Tribunal de Sintra.
Duarte Lima, agora um homem livre, há de ser chamado pela justiça para explicar, de viva voz, aquilo que já foi desvendado na contestação a que a SIC teve acesso.
O ex-deputado do PSD fala de uma história “romanceada, inventada e baseada em factos não provados”. Um exercício delirante de especulação, uma “monstruosa acusação”.
Nas 12 páginas de contestação, lembra que o alegado motivo do crime já foi inclusive deixado de parte num julgamento que, em Portugal, já o absolveu. Diz que não matou Rosalina Ribeiro e considera, aliás, que a vida humana é um bem sagrado. E avisa: “quem matou, continua à solta”.
A antiga secretária do milionário Tomé Feteira foi encontrada morta em 2009 à beira de uma estrada nos arredores do Rio de Janeiro.
Quase 13 anos depois, Domingos Duarte Lima, agora com 67 anos, continua à espera de ser julgado.