O hospital de Almada reativou o pedido de encaminhamento, para outros hospitais, de doentes não críticos fora da sua área de influência, a vigorar até às 08:00 de terça-feira, por sobrelotação das urgências.
No domingo à tarde, o hospital já tinha solicitado o encaminhamento de doentes para outras unidades, pedido que vigorou até às 08:00.
Ao início da tarde, o pedido foi reativado, prevendo o hospital que se mantenha até às 08:00 de terça-feira.
O Hospital Garcia de Orta recorda que os hospitais do SNS funcionam em rede pelo que, sempre que considerem necessário, solicitam o reencaminhamento com o objetivo de proporcionar aos doentes uma mais rápida e adequada resposta.
A unidade hospitalar adianta que durante o período em que é solicitado o reencaminhamento ao CODU, os serviços de urgência do HGO permanecem em funcionamento, garantindo a presença de médicos e os cuidados à população da área de influência.
As recomendações aos doentes
O hospital recomenda à população de Almada e do Seixal que, em caso de doença aguda, contacte em primeiro lugar a linha SNS 24 - 808242424, aconselhe-se com o médico assistente ou contacte o seu centro de saúde, para uma assistência de maior proximidade.
"Dessa forma, evitam-se tempos de espera maiores assim como constrangimento ao atendimento dos doentes efetivamente urgentes e emergentes", refere o hospital, adiantando que o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES Almada-Seixal) disponibiliza um horário de funcionamento de doença aguda aos sábados, domingos e feriados, das 10:00 às 17:00, nos centros de saúde Rainha D. Leonor em Almada, e Amora, no Seixal.
Em 28 de novembro, os chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral (SUG) do hospital de Almada apresentaram a demissão dos cargos em protesto com a escala de dezembro, que consideraram estar "abaixo dos mínimos".
Numa carta dirigida ao diretor clínico do Hospital Garcia de Orta, à presidente do Conselho de Administração e à diretora do Serviço de Urgência, os profissionais explicavam que na escala prevista constam vários dias com um número de elementos abaixo dos mínimos (um ou dois elementos apenas) para garantir o bom funcionamento do serviço.
Os chefes de equipa adiantavam ainda que a escala de dezembro, à semelhança das escalas apresentadas nos últimos meses, normaliza uma equipa constituída por quatro elementos (ou menos), número que consideram insuficiente para garantir todos os postos necessários para o bom funcionamento do SUG e a prestação de cuidados em segurança para os doentes e profissionais.
A administração do hospital reuniu com os especialistas no dia seguinte, 29 de novembro, e assegurou que estavam a ser tomadas medidas para o reforço da equipa, mas os chefes de equipa mantiveram a demissão até que as mesmas fossem implementadas.