Depois do temporal que atingiu Portugal continental esta semana e a anterior, sobretudo os distritos de Setúbal, Lisboa, Portalegre e Santarém, o Ministério da Administração Interna (MAI) informa, esta sexta-feira, que autorizou a constituição de 30 novas Equipas de Intervenção Permanente (EIP), elevando o número total nacional para 780.
Esta decisão, que foi tomada em articulação com autarquias e associações de bombeiros voluntários, “dá seguimento à aposta no reforço contínuo do modelo de resposta profissional permanente a riscos de Proteção Civil”, sublinha o MAI.
Com estas novas equipas, “compostas por 150 bombeiros profissionais, aumenta para 3.900 o [número] total desses operacionais”.
Contas da tutela indicam que “são já 226 as EIP autorizadas em 2022 – mais dez que as 216 de 2021 – e mais 80 do que as 700 que, em maio, se previam protocolar até ao final deste ano”.
O que são as EIP?
Foram criadas no âmbito de protocolos entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), as Câmaras Municipais e as Associações Humanitárias de Bombeiros e “visam melhorar a eficiência da Proteção Civil e as condições de prevenção e socorro em caso de acidentes e catástrofes”.
Cada EIP é formada por “cinco bombeiros profissionais, com elevada especialização e com competências em áreas diferenciadas para atuarem em diferentes cenários”.
Chuva vai continuar
Este anúncio surge no dia em que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou oito distritos de Portugal continental sob aviso amarelo - entre as 00:00 e as 09:00. Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém e Viseu vão ser afetados por aguaceiros, por vezes fortes, o que leva à indicação de aviso amarelo.
Paralelamente, quatro distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo para agitação marítima, até às 12:00 (Beja e Faro) e entre as 13:23 e até às 15:00 de sexta-feira (Setúbal e Lisboa).
A Proteção Civil alerta para possíveis inundações em zonas urbanas, deslizamentos de terra e lençóis de água nas estradas e apela à população para desobstruir sistemas de escoamento, adotar uma condução defensiva e evitar a circulação em zonas arborizadas e ribeirinhas.