Manuel Pinho nega ter sido corrompido pela EDP ou pelo BES. A acusação do Ministério Público só foi conhecida na quinta-feira, um ano e um dia depois do ex-ministro ter sido detido. A defesa pede a libertação imediata do antigo governante e alega que foi ultrapassado o prazo máximo para estar preso sem acusação.
O despacho foi conhecido um ano depois de ter sido decretada a prisão domiciliária a 15 de dezembro de 2021.
O advogado de defesa Ricardo Sá Fernandes entregou um pedido de libertação imediata no dia em que ficou conhecida a acusação do caso EDP.
O Ministério Público acredita que Manuel Pinho, enquanto esteve no Governo terá favorecido o Grupo Espírito Santo e o próprio Ricardo Salgado. Em troca terá recebido mais de 5 milhões de euros do chamado saco azul do BES.
A matéria que relaciona Manuel Pinho e outros arguidos – entre os quais os antigos gestores António Mexia e Manso Neto - com a EDP e com os mecanismos denominados CMEC [Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual] é objeto de outro inquérito, originado por extração de certidão do processo agora acusado, segundo uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).