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Tentativa de ataque à Faculdade de Ciências: jovem condenado a 2 anos e 9 meses de prisão em internamento psiquiátrico

O estudante foi absolvido do crime de terrorismo e condenado por posse ilegal de arma.

Tentativa de ataque à Faculdade de Ciências: jovem condenado a 2 anos e 9 meses de prisão em internamento psiquiátrico

O Tribunal Criminal de Lisboa proferiu esta segunda-feira o acórdão relativo ao julgamento do estudante acusado de planear um ataque terrorista à Faculdade de Ciências de Lisboa. O jovem, de 19 anos, foi condenado a 2 anos e 9 meses de prisão em internamento psiquiátrico por posse ilegal de arma proibida. O estudante foi absolvido do crime de terrorismo e treino para terrorismo, como explica o repórter Diogo Torres, que acompanhou a leitura do acórdão.

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O advogado do jovem acusado de planear um ataque à Faculdade de Ciências de Lisboa revelou estar satisfeito com o desfecho do julgamento. Jorge Pracana afirma que João Carreira merece uma oportunidade para se inserir na sociedade.

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Nas alegações finais do julgamento, o Ministério Público pediu ao coletivo de juízes presidido por Nuno Costa que o jovem fosse condenado a uma pena não inferior a três anos e meio de prisão efetiva em estabelecimento prisional, com acompanhamento psiquiátrico.

A procuradora Ana Pais referiu que, tendo em conta os factos confessados pelo arguido, João Carreira deverá ser condenado naquela pena de prisão pelos crimes de treino para terrorismo (da lei do terrorismo) e detenção de arma proibida.

A magistrada lembrou que o arguido admitiu em julgamento que se propunha a efetuar no mínimo três homicídios por forma a que a sua ação pudesse ser considerada um "assassinato em massa".

Segundo o plano desmantelado pela PJ, a ação terrorista concebida por João Carreira estava marcada para 11 de fevereiro deste ano.

Por seu lado, o advogado de defesa alegou que o ato violento imputado a João Carreira não seria concretizado, uma vez que já tinha sido adiado várias vezes.

O advogado enfatizou que o jovem foi detido em casa sem ter levado a cabo o ataque. Após ser detido ficou em prisão preventiva, tendo a medida de coação sido substituída por internamento preventivo no Hospital Prisional de Caxias.