A mãe de Jéssica, a menina de 3 anos que morreu em Setúbal, diz que a criança foi feita refém não por uma dívida de bruxaria, mas por uma dívida de 6 mil euros do pai da menor. No processo, consultado esta quinta-feira pela SIC, percebe-se que a mulher alterou a versão dos factos quando foi detida pela PJ de Setúbal.
Não foi detido nem é sequer arguido. Mas é desde a semana passada o nome apontado pela mãe de Jéssica como o responsável pela dívida que tornou a criança numa refém.
Os 6 mil euros terão começado por ser cobrados a Alexandre Biscaia por dois homens de Setúbal.
A dívida terá sido, depois, comprada por Ana Pinto e Justo Montes, o casal de alegados raptores.
A criança terá permanecido numa casa como garantia de pagamento.
O pai de Jéssica - garante a mãe - tinha conhecimento.
A partir da Holanda chegou a enviar dinheiro para resgatar a filha.
Esta nova versão contraria o primeiro depoimento às autoridades.
Ainda em liberdade, Inês Sanches falava de uma dívida por serviços de bruxaria. Detida na semana passada mudou a história.
No depoimento a que a SIC teve acesso, Inês Sanches admite ter deixado a filha aos cuidados dos outros arguidos e descreveu o estado em que encontrou a criança.
Garante que só não chamou a polícia nem transportou a criança para um hospital por ter sido ameaçada.
Inês Sanches está agora acusada de homicídio qualificado e ofensas à integridade física.
Vai ser julgada com outros quatro arguidos pela morte de Jéssica.