Pedro Nuno Santos demitiu-se a noite passada na sequência da polémica indemnização que Alexandra Reis recebeu da TAP. Com ele, saiu também o secretário de Estado das Infraestruturas, que afinal foi informado sobre o acordo e não viu qualquer incompatibilidade.
Já passava da meia noite quando chegou às redações o comunicado que anunciava a demissão do ministro das Infraestruturas.
Pedro Nuno Santos, que tinha estado em silêncio desde que foi divulgada a notícia da polémica indemnização de Alexandra Reis, admitia agora pela primeira vez que, afinal, o ministério que tutelava estava a par do processo de rescisão contratual. Embora, sublinhou Pedro Nuno Santos no comunicado, o agora ministro demissionário só tenha tido agora conhecimento dos termos do acordo.
Pedro Nuno Santos explicou ainda que foi o secretário de Estado das Infraestruturas que foi informado pela TAP de que os advogados tinham chegado a um acordo que acautelava os interesses da empresa, acordo em que Hugo Mendes não viu quaisquer incompatibilidades.
Na sequência das explicações dadas pela TAP o secretário de Estado entendeu apresentar a demissão. Face à “perceção pública” e ao sentimento coletivo gerados em torno deste caso, também Pedro Nuno Santos entendeu que devia assumir a responsabilidade política e demitir-se.
Medina desconhecia a indemnização
Fonte do Ministério das Finanças garantiu à SIC, ao inicio da noite, que Fernando Medina desconhecia também a indemnização paga pela companhia aérea, no momento em que convidou Alexandra Reis para secretária de Estado do Tesouro.
Relativamente à demissão de Pedro Nuno Santos, ao que a SIC apurou, António Costa não via necessidade da demissão, mas o agora ex-ministro já tinha a decisão tomada.
Pedro Nuno Santos regressará agora ao Parlamento como deputado, naquele que pode muito bem ser o início de um novo caminho com vista às próximas legislativas.