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Número de pessoas atendidas nas urgências aumentou quase um milhão face a 2021

Ministro da Saúde afirma que elevada afluência às urgências é um problema crónico do SNS.

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Os hospitais atenderam este ano mais um milhão de pessoas do que no ano passado. Os dados são do Portal do Serviço Nacional de Saúde, que indica que houve mais de 5,7 milhões de pessoas atendidas nas urgências este ano.

Foram quase seis milhões os utentes que passaram pelas urgências hospitalares nos primeiros 11 meses de 2022. Este valor representa um aumento de 991 mil pessoas comparativamente ao ano transato, período em que se registaram 4,7 milhões de atendimentos. Em 2020 este número não ultrapassou os 4,2 milhões.

O portal do Serviço Nacional de Saúde mostra ainda que em relação ao período pré-pandemia os valores deste ano estão próximos dos registados em 2019.

Revelam também que continua a haver uma elevada procura das urgências.

“Nós temos em Portugal uma situação crónica de excesso de afluxo às urgências. A culpa não é das pessoas. A culpa é, porventura, de quem, como nós, organiza o sistema de saúde e ainda não criou um sistema de saúde fácil para as pessoas terem alternativa”, admite Manuel Pizarro, ministro da Saúde.

Em novembro, as urgências gerais e pediátricas tiveram uma procura acima da média para a época do ano.

Os vírus respiratórios fizeram disparar o número de pessoas nas urgências dos hospitais de todo o país, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo e levaram o Governo a reforçar a resposta no SNS.

“A abertura dos centros de saúde com horários prolongados e com marcação de consultas parece-me essencial”, revela Manuel Pizarro.

Para aliviar a sobrecarga nas urgências hospitalares e reduzir os tempos de espera, há quase 200 centros de saúde de Norte a Sul que estão com horários alargados em dias úteis e complementar aos fins de semana e feriados.