Joe Berardo acusa o Governo de mentir à justiça com o propósito de extinguir a Fundação Coleção Berardo. A defesa quer que o Supremo Tribunal Administrativo declare como nulas as últimas decisões, que travaram uma providência cautelar.
A defesa de Joe Berardo diz que têm sido feitos todos os esforços para apagar o nome de Berardo. Até o acesso ao museu foi mudado de forma a que ficasse vedada ao público a entrada onde se encontrava exposto o retrato.
A nova fase do CCB assenta, no entender de Joe Berardo, numa extinção que não só é ilegal como também é contra o interesse público.
O Governo justifica a extinção com base no interesse público e faz transitar para a fundação CCB os 2,1 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado para a Fundação de Arte Moderna e Contemporânea.
Nas 17 páginas entregues no Supremo Tribunal Administrativo a que a SIC teve acesso, a defesa do empresário acusa o Governo de usar um "subterfúgio mentiroso" para invocar o interesse público.
O empresário volta a recorrer à justiça agora para anular o despacho do Governo que travou a providência cautelar e manteve a decisão de extinguir a Fundação.
À SIC, o ministro da Cultura diz que o Governo vai contestar.