A TAP está a recrutar de forma temporária dezenas de tripulantes de cabine. Os contratos são de curtíssima duração e renovados de forma ilegal.
A companhia acaba de abrir um concurso público para contratar mais profissionais a termo certo quando já sabe que vai ser obrigada pelos tribunais a reintegrar centenas de tripulantes que saíram em 2020 e 2021 com contratos idênticos.
O anúncio foi colocado na quinta-feira no site da companhia aérea, na página de recrutamento. Dirigido aos tripulantes de cabine não diz quantas vagas estão disponíveis, elenca os requisitos necessários para a função e oferece um contrato a termo certo. É idêntico aos que não foram renovados quando os aviões ficaram no chão em 2020 e 2021.
Dos 2.200 tripulantes de cabine que saíram durante a pandemia cerca de metade colocaram a TAP em tribunal. Mais de 300 já foram reintegrados uns por acordo outros por ordem judicial e há outros tantos à espera do veredicto que deverá ser idêntico.
Antes deste concurso a TAP foi recrutar diretamente alguns dos tripulantes que tinha "despachado" durante a pandemia.
Entre indemnizações e custos judiciais, os processos da pandemia deverão custar à TAP entre 4 e 5 milhões de euros.