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"Mortes e mutilações" no Amadora-Sintra: ministro espera respostas em breve

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Na sexta-feira, a Entidade Reguladora da Saúde anunciou a abertura de uma investigação sobre os casos denunciados.

O ministro da Saúde espera que, nos próximos dias, sejam conhecidas as conclusões da investigação sobre as alegadas más práticas clínicas no Hospital Fernando Fonseca, que serve a população dos concelhos da Amadora e de Sintra.

A denúncia partiu do ex-diretor do serviço de cirurgia geral do hospital Amadora-Sintra, que se demitiu em fevereiro do ano passado. Alega que 22 doentes, operados naquela unidade hospitalar, "morreram ou ficaram mutilados" por más práticas médicas.

Os casos divulgados

Na denúncia são identificados vários casos. Por exemplo, o de um doente, com cerca de 60 anos, que foi operado ao pâncreas por suspeitas de um tumor que não existia, tendo ficado “em internamento prolongado, com complicações e nova cirurgia”.

Um outro caso citado refere que um paciente operado a uma hérnia “acaba por morrer com peritonite por lesão do intestino, tratada por nova cirurgia que só acontece vários dias depois de ser evidente por análises que algo não estava bem”.

É ainda citado o caso de uma paciente que foi operada a uma hérnia, mas, após a intervenção, ainda a teria. O cirurgião recusou realizar uma nova intervenção.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e a Ordem dos Médicos estão a investigar os alegados erros graves.