O Ministério da Educação está disponível para vincular os professores ao fim de três contratos, avançou a RTP e confirmou à SIC fonte do setor. A proposta vai ser levada pelo Governo à mesa de negociações esta sexta-feira.
Com esta proposta, que inclui a contabilização mesmo com horários incompletos, os docentes passariam a beneficiar de um regime semelhante ao da restante administração pública.
Em cima da mesa estará também a diminuição do tamanho das áreas de deslocação.
Recorde-se que arranca esta segunda-feira mais um período de greve dos professores, estando previstas várias paralisações nas próximas semanas. No entanto, os sindicatos do setor estão dispostos a cancelar as greves caso as negociações corram bem.
A promessa de António Costa
No sábado, dia de manifestação dos professores, o primeiro-ministro insistiu que nunca esteve previsto a contratação de professores passar para a alçada das autarquias e colocou como prioridades a vigência de um modelo que reforce a vinculação e combata a precariedade dos professores.
"Em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração dos concursos", o líder do Executivo considera "uma óbvia fantasia" a ideia de que, na sequência do processo de descentralização, "haveria uma transferência de competências" em matéria de pessoal docente no que respeita à contratação ou à gestão em termos de funcionamento.
"Mas temos de olhar seriamente para a forma como muitos dos professores exercem a sua atividade desde há muitos anos. Por isso, no programa do Governo está previsto um novo modelo de vinculação. Abrimos negociações nesse sentido, as negociações prosseguem para a semana e temos três objetivos principais nessas negociações, tendo em vista um acordo" com os diferentes sindicatos, afirma.
Professores na rua em luta pela escola pública
Milhares de professores de todo o país estiveram no sábado concentrados em Lisboa, numa manifestação em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração dos concursos.